POESIA MORTA


POESIA MORTA,
Net 7 Mares 

A quem dentes não tem, não se dá rapadura;
E quem tem perna dura não pode nadar.
Se o remédio que amarga é o que melhor cura,
Uma forte trombada algo pode mudar.

Ao banguela, o que damos é sopa bem rala;
Aos que não nadam bem, exortamos a andar;
Mas ao que escreve bem e a um poetaço se iguala,
Uma boa empurrada devemos lhe dar:

Poesia que morre enterrada em gaveta,
Ou se mostra somente aos que vão à Internet,
É um atleta capaz, mas que nunca compete;

É uma jóia dourada que, em si, vê cor preta...
Uma musa bonita que não vai ao mar,
Temerosa de, ali, co'um Vinícius topar.

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