ODE À VIDA


ODE À VIDA

(Em memória de Elizabeth, ex-esposa)
É preciso viver, apesar de tudo...
Apesar de saber que só há certeza
Do encontro com a dor, agonia e tristeza,
À espera de todos num fim absurdo.
Z
Viver, sim, é preciso, apesar de tudo...
Vivendo a ilusão de se achar protegido,
De sentir-se, entre todos, o mais ungido
Na trágica graça de um falso escudo.
Z
Viver uma vida que não se concebe
Ser trilha de lutas, que leva ao nada
De uma despedida, e ninguém percebe
Z
Que a morte é porta para novas vidas,
Circuito infinito de vindas e idas,
Mistério sem marcas de início ou chegada.

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