O FUNERAL DOS COMUNS



O FUNERAL DOS COMUNS
            Net 7 Mares

Plúmbea tarde... Segue o féretro além...
Às exéquias dos tímidos, derrotados,
Os que, em vida, mortos eram, insepultados,
Que viveram a dizer, a tudo, "amém".
« 
A bandeira que empunhavam era o consenso
Do imutável "nosso pão de cada dia".
Aos seus pares, ser igual, era a valia
Que guardavam nos seus cofres de bom senso.
« 
Se lutavam, só lutavam em entrelinhas,
Se clamavam, só clamavam alegorias,
Dando, aos outros, as fingidas alegrias
« 
Das, hipócritas de sempre, louvaminhas...
Plúmbea tarde que, na cor acinzentada,
Dá, aos mortos, a cor deles: cor do nada.

@@@@@@@

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fale com Net 7 Mares e, caso queira resposta, assine com o seu endereço de e-mail. O seu texto e endereço de e-mail serão lidos por mim, mas, para evitar a publicação do seu e-mail no blog, não serão aprovados.